Será mesmo que todo erro leva ao sucesso?
- natalialessasilva
- 23 de jan. de 2024
- 2 min de leitura

Estive em um evento há algum tempo em que esta imagem (adaptada) foi apresentada e, desde então, sempre me lembro dela.
Nosso mundo atual finalmente compreendeu a importância do erro e da falha para nosso crescimento e desenvolvimento, seja ele pessoal, ou profissional. Todo sucesso pressupõe uma série de insucessos, é fato.
Cada vez mais se fala sobre a importância do mindset de crescimento (Carol Dweck - psicóloga americana que cunhou o termo em seu best-seller Mindset - A Nova Psicologia do Sucesso) em detrimento ao mindset fixo. Ou seja, que o esforço e dedicação com disciplina e consistência são capazes de superar o talento nato.
Você talvez esteja se perguntado qual é a relação destes dois elementos. Permita-me explicar.
Se de um lado estávamos realmente muito ansiados por tirar o peso de ser um sucesso sempre e ter um QI elevado desde crianças, de outro temos que ter cautela com o nível de erro tolerado.
É natural, incentivável e absolutamente necessário que a falha aconteça em processos de experimentação, em uma jornada de novos aprendizados e em projetos de inovação no contexto das organizações, algo muito difundido nas metodologias ágeis, por exemplo, exatamente como preconiza este espectro e alinhado ao mindset de crescimento preconizado por Dweck. Chamado de Erro Experimental.
Mas em um mundo em que também percebemos um certo nível de superficialidade em alguns contextos e trabalhos, com uma avalanche de informações e disputa pela nossa atenção, uma busca pelo mais fácil e menos custoso, é preciso ter muito cuidado para evitar confundir estes dois extremos.
No dia a dia de uma empresa, não há espaço para erros no atendimento ao cliente, não há espaço para erros no fechamento contábil do período, não há espaço para erros no padrão de qualidade do produto, ou da jornada do usuário. Chamado de Erro Operacional.
Esses erros podem ser determinantes para o LTV (Life Time Value) e a satisfação dos clientes, o volume de receitas e, na última linha, o resultado e a sustentabilidade da sua organização no logo prazo.
O desafio é buscar conciliar estas duas extremidades.
Abraçar o erro em projetos de inovação e em jornadas de descoberta, tão essenciais para o crescimento, transformação e perenidade das empresas, mas sem pecar usando este mesmo discurso quando se fala de excelência, qualidade e responsabilidade.
Faz sentido essa reflexão para você?

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